POEMAS IBÉRICOS (27). POEMAS DE ANTONIO GÓMEZ
© Daniel Mordzinski
Nascido
em Cuenca (1951), milita activamente na experiência poética desde 1968. Como
criador e leitor/espectador tem sofrido e desfrutado intensamente da poesia em
todas as suas vertentes, visual, concreta, objecto, fonética, performances,
etc. Publicações de uma vintena de países ecoaram das suas obras, também em
mais de oitenta revistas nacionais. Entre as suas, mais de 50 criações,
destacamos as seguintes:
·
Caminar por caminar cansa. Badajoz, Diputación de Badajoz, 1999.
·
Peccata minuta. Mérida, Editora Regional de Extremadura, 2000.
·
Cruce de caminos. Málaga, Luces de Galibo. 2009.
·
Entre pitos y flautas. Málaga, Centro de Ediciones de la Diputación de Málaga, 2010.
·
Mérida cercana. Badajoz, Caja de Ahorros de Badajoz, 2010.
·
Todas las islas lejos, Mérida, De la Luna libros. 2011.
·
Como una piedra puntiaguda en el zapato. Cáceres, Rumorvisual, 2012.
·
Apenas sin Palabras Mérida, Editora Regional de Extremadura, 2014.
·
Tal y como. Salamanca, Asociación Cultural¨El Zurguen¨. 2015.
Depois
de 40 anos o seu arquivo de livros objeto, livros de artista, de revistas
compiladas e de ex-libris, começa a ser uma referência entre os estudiosos.
- .
TRÊS POEMAS VISUAIS
POEMAS DISCURSIVOS
Disfrazar
la realidad |
Disfarçar a
realidade até acreditar
nela. Aceitar as
suas armadilhas, os seus
silêncios, as suas
lágrimas. Ignorar ferrolhos. Assumir
espelhos e miragens. A missão de
todos é perpetuar esta paródia. |
(De ¨Caminar por caminar cansa¨)
***
Los sueños hoy |
Os sonhos hoje respiram e pedem consistência. Falar de sentimentos não é gratuito e o que dói transforma-me. Caminhar por caminhar é cansativo. |
(De ¨Caminar por caminar cansa¨)
***
La ambigüedad, |
A ambiguidade, o artifício, a estética, encolhem e reduzem meus parâmetros, confundem-me. Descrever a noite, o voo de uma borboleta ou o sorriso de uma criança não são absurdos. |
(De ¨Cruce de caminos¨)
***
El fuego que quema, el que destruye y
arrasa, se apaga con agua. El fuego que quema, pero ni destruye ni
arrasa, se apaga con fuego. |
O fogo que queima, que destrói e devasta, extingue-se com água. O fogo que queima mas não destrói nem devasta extingue-se com fogo. |
(de Todas las islas lejos)
Tradução de Céu Pêreira y Alexandre
Lourenço da Silva, decembro 2023
Comentarios
Publicar un comentario